Engenharia da Complexidade! Que curso é esse na USP?
A Engenharia é definida como o processo de utilização de conhecimentos e princípios para projetar, construir e analisar objetos. Para a maioria dos itens que exigem construção e planejamento, há um engenheiro envolvido no processo. A profissão tem vários ramos de especialização, incluindo a engenharia civil, elétrica, mecânica e química, com muitos outros campos surgindo á medida em que novas tecnologias são desenvolvidas. Um desses campos mais recentes foi o da Engenharia da Complexidade.
O curso de Engenharia da Complexidade da USP
Como um dos primeiros cursos nessa linha no mundo, o curso de Engenharia da Complexidade da USP tem muitas questões ainda a responder, mas promete muito. A iniciativa de iniciar o curso veio do Groupe des Écoles Centrales da França e que, em conjunto com a USP, preparou a proposta do curso.
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De acordo com o que já foi divulgado, o curso de Engenharia da Complexidade terá uma formação generalista aos futuros engenheiros, ou seja, o engenheiro será capacitado para atuar em diversas áreas da engenharia. O foco dessa formação generalista, porém, será nos desafios complexos da Engenharia atual, incluindo a concepção, projeto, gerenciamento de produção e do trabalho. Tudo isso será abordado sob uma ótica considerando aspectos técnicos, sociais, humanos, econômicos, e ambientais.
Formação de um Engenheiro da Complexidade
A principal diferença na formação de um engenheiro da complexidade será a interdisciplinaridade da graduação. Além de ter matérias básicas a todas as engenharias, como matemática, física, e química, o curso de engenharia da complexidade irá integrar conhecimentos de diversas áreas. Por exemplo, o engenheiro da complexidade será capaz de agregar métodos distintos para abordar problemas com origens diversas.
Se formos pensar bem, é algo que já acontece na engenharia atual. Em um curso de engenharia civil, o engenheiro é educado para economias, para usar materiais renováveis, preferir procedimentos que não afetem tanto ao meio ambiente. Porém, essa educação e execução dos projetos depende também da atuação de engenheiros elétricos, da formação dos profissionais envolvidos no projeto, da engenharia de materiais, para saber quais materiais estão disponíveis a um dado projeto. Na proposta da engenharia da complexidade, o engenheiro será capaz de dialogar com todas essas áreas, tornando possível uma abordagem mais global e consciente em projetos diversos.
Mas Engenharia da Complexidade será um curso completamente novo?
Não. A ideia dessa nova graduação não é sequer criar disciplinas novas. O curso buscará integrar conhecimentos distintos em uma mesma grade curricular, notadamente problemas que tenham origens de áreas diversas, tais como economia, direito, antropologia, sociologia, filosofia, etc. A ideia é formar um profissional que seja capaz de integrar conhecimentos na sua atuação, mas que seja capaz de reconhecer a importância de diversas áreas do saber em sua profissão.
Qual é o campo de atuação do Engenheiro da Complexidade?
Se for bem analisado, o engenheiro da complexidade vem para substituir o papel dos engenheiros que se formam e acabam atuando em áreas que não são de sua especialização. Se torna cada vez mais comum engenheiros de produção atuando como engenheiros civis, engenheiros elétricos atuando como engenheiros de produção, etc. Os profissionais quando remanejados para cargos diferentes de sua atuação real acabam tendo que fazer novas graduações, continuando os estudos já longos da profissão de engenheiro.
Com a graduação de engenheiro da complexidade, a PUC pretende criar um curso que atenda a essas demandas, do engenheiro que atua em diversas áreas, e que é capaz de compreender e integrar diversos conhecimentos em uma só atuação. Afinal, é também uma tendência do mercado buscar profissionais multidisciplinares, com conhecimento amplo e geral dos problemas e suas soluções.
Cursos de engenharia tendem a crescer no Brasil e no mundo
Há uma demanda mundial para engenheiros no Brasil e no mundo, e novos cursos tendem a surgir a cada dia. A USP já inovou com o curso de Engenharia do Petróleo, e o curso de Engenharia da Complexidade tende a continuar essa tendência inovadora. Mesmo sendo uma área nova, a tendência é que os profissionais tenham uma boa colocação no mercado já logo após a graduação.
O que você acha da engenharia da complexidade? Faria esse curso? Por que?
Sobre o autor
Engenheiro eletricista, André sempre foi interessado em novas tecnologias. Na primeira década dos anos 2000, atuou como consultor tecnológico em empresas, ajudando as empresas a escolherem as melhores tecnologias para suas necessidades. Desde então, continuou estudando o assunto e hoje compartilha o que aprendeu e continua aprendendo através do site Tecnologia É.
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